sexta-feira, 11 de abril de 2008

Do pêndulo à espiral

Vilson Leffa (2003) se propõe à difícil tarefa de prever o futuro do ensino de Inglês. Ele afirma que “a idéia de que é preciso conhecer o passado para prever o futuro é tão antiga quanto a própria História.”

A metáfora do pêndulo para descrever o movimento da história num fluxo e refluxo é muito usada. Na história da língua podemos ver um exemplo desse movimento: começou sendo única, depois “babelizou-se”, chegando a milhares e agora as línguas estão em franco processo de retração, caminhando para uma língua única novamente.

O que Leffa sugere é que se incorpore agora a idéia dos ciclos que marcam a evolução. Do movimento oscilatório do pêndulo, passamos à metáfora da espiral que impede a idéia de uma volta ao ponto de partida, mas que vai gradativamente evoluindo em um processo de enriquecimento. “O que basicamente se vislumbra para o futuro é um processo generalizado de convergência, fundindo tecnologias, métodos e teorias.”

A visão dicotomia da história vê erroneamente a evolução como um processo de substituição. Ao contrário, Leffa defende a visão de transformação, em que as tendências no início do milênio são baseadas na idéia comum de convergência. Quatro convergências são analisadas e discutidas: (1) ensino e pesquisa, (2) inteligência e emoção, (3) local e global, (4) real e virtual. O autor mostra como todos esses fatores estão inter-relacionados, nos diferentes recortes, eliminando-se a idéia de oposição em favor da idéia de fusão.

Um comentário:

José disse...

Está ficando cada vez melhor, Dani!Parabéns, menina!
José.